Prazer Mortal

Posted: terça-feira, 23 de março de 2010 by Unknown in
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Em um mundo decapitado
Pelo próprio ódio
Vive-se sem o prazer real.
Sem o prazer humano
Apenas artificial.
O que era vida
Virou impessoal, social
E dá medo, e traz escravidão.
Dá dinheiro, poder, ilusão.
Perdi minha voz por um momento
Porque gritei seu nome
Não foi em vão e me orgulha
Sua alma pura
De prazer humano
Pois é safada e imoral.
Assim eu vivo em gozo constante.
Porque tudo que é bom é indescritível,
Não há lei que defina,
Não há regra possível,
Para decifrar meu prazer
Instintível.
Possuo um longínquo traço animal,
Mas acabo me tornando racional.
Porque te amo, porque tenho família.
Afinal, nesse mundo decapitado
Pelo próprio ódio,
Onde se vive sem o prazer real.
Deparo-me com o imortal
O amor que sinto, além do prazer.
Que me acalma só em te ver.
Que deseja só você.
Te quero nesse mundo,
Nessa vida.
E acabo me tornando normal.
Porque é ciclo e o mundo gira,
E as coisas acontecem,
E eu te conheci.
Quando achava que era injusto irreal.
Agora sou humana.
E uma mortal.


Por
Bruna Spaniol
Obra original disponível em:
http://www.overmundo.com.br/banco/prazer-mortal

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