Mem de Sá, a Oscar Freire para os cariocas alternativos.

Posted: quinta-feira, 25 de março de 2010 by Unknown in Marcadores: , , , , , , ,
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Lapa, sede da boemia carioca, também mostra seu lado fashion. O bairro que é conhecido por ser unanimidade entre as tribos, agora virou o point das fashionistas. A famosa Mem de Sá se tornou reduto dos brechós, são três na mesma rua, cada um com sua especialidade.
No local é possível encontrar verdadeiros achados a partir de R$ 1,00 que vão de fantasias de carnaval, vestidos de baile até roupas antigas, que um dia foram fora de moda, e agora são tendência.

Dona Iva costura há muito tempo, perfeccionista e atenta a todos os detalhes, ela mesma cuida da decoração e disposição das roupas, todas escolhidas uma a uma por ela e customizadas caso haja necessidade. As clientes adoram a variedade e a originalidade das peças que se misturam no meio de épocas, cores e culturas. “A mercadoria vem da Barra ou Ipanema, são doações de igreja ou compra de parentes de pessoas que faleceram”, diz Iva ao costurar um colar de pano.

Para a cabeleireira Vilma dos Santos a origem não é problema, “Tem muita coisa que se aproveita, das roupas aos calçados, não importa se já morreu, só compro roupa nova para festas especiais. Esses dias comprei um vestido lindo aqui para ir a um casamento” explica enquanto prova as peças. Não são só as roupas que fazem sucesso, também há sapatos e bijuterias. Judith Dantas comerciante do bairro e freqüentadora assídua da loja da Iva afirma “Brechó é como cachaça, vicia”.

Kika Farias é pernambucana e atriz, estava passando na Lapa quando viu um bolero na porta do brechó da Geni, além de levar a roupa, achou opções de figurino para seu próximo espetáculo. “Estou fazendo uma pesquisa peças retrôs com corte masculino em roupas femininas nas cores preto e branco, achei uma calça e um colete do estilo que queria”. Para a atriz a variedade, o preço e a originalidade é o que mais chama atenção nos brechós.

Dona Geni dona da loja há três anos e sempre gostou de brechó, todas as suas roupas são da loja e ela faz seu próprio estilo. Paulista, radicada no Rio, escolheu o bairro porque tem tudo a ver com o negócio “A Lapa é a cara do Brechó e vice-versa” afirma sorridente.


Sarah e Sophia também estão no negócio há muito tempo, mãe e filha trabalham há mais de vinte anos com brechós. Na loja é possível encontrar de chapéus, vestidos, casacos e até estola em meio ao calor de 30º graus do Rio de Janeiro. “Quem vem ao brechó procura o estilo retrô original e pode adquirir até roupa de grife nunca usada por um preço muito mais justo” Afirma a comerciante Sarah.

Para saber mais:
Os brechós ficam na Rua Men de Sá com a Lavradio no Bairro da Lapa, Rio de Janeiro - RJ
Telefone:
(21)2222-1463

Por Bruna Spaniol para o jornal da Faculdade da Cidade

A Guerra dos Egos

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Demitido do jornal O Dia via e-mail, o jornalista culpa Gigi, chama Ségio Cabral de bobalhão, mas não entra em ‘saia justa’.


Cheio de mensagens subentendidas e poucas palavras, Dácio Malta fala sobre sua saída conturbada do jornal, por causa de críticas a Sérgio Cabral, conta casos sobre a carreira, deixa várias perguntas sem respostas e ironiza o que pode. O jornalista é duas vezes ganhador do prêmio Esso, responsável pela reforma gráfica e editorial do O Dia, editor-chefe do JB - onde lançou o primeiro jornal online do país, arriscou como produtor e diretor de teatro, voltou para as redações e, agora, é professor do curso de jornalismo da UniverCidade.

Bruna Spaniol - A sua demissão foi pedido do governo Sergio Cabral?
Dácio Malta - Não sei. É o seguinte, o Sérgio Cabral reclamava muito das críticas do JB. Não que eu fizesse muitas críticas, só fazia algumas que ele merecia, né? Isso era mais uma questão comercial do jornal. A inexperiente Gigi (presidente do grupo O Dia) querendo agradar o governador, acabou me demitindo. Foi pior pra ela.

Bruna Spaniol- Ela não tem experiência, por quê?
Dácio Malta - Ela não tem experiência pelo seguinte, o pai tinha 3 filhas. Ela nunca trabalhou no jornal e ela não sabe a estrutura.

Bruna Spaniol - Então você acha que a pessoa responsável pela sua demissão foi a Gigi?
Dácio Malta - Claro. Ele não foi, quero dizer, ele é um bobalhão (rs).

Bruna Spaniol -Qual foi a nota que o senhor escreveu que repercutiu na sua demissão ?
Dácio Malta - Olha, o que tem aí na internet são algumas coisas dizendo que eu falei que o pai dele (Sérgio Cabral) era bom, aí isso dizia que ele era ruim. Mas eu só escrevi que o pai dele era bom, aliás, hoje em dia até o pai dele é contra ele... Mas isso é uma injustiça, porque quando o pai dele estava desempregado eu dei um ajuda pra ele lá no jornal O Dia. Eu realmente não sei o que foi a gota d´água. Eu acho que foi a eleição do Cristo como uma das Maravilhas do Mundo, pronto.

Bruna Spaniol - O senhor acredita que existe influência do governo sobre o jornal O Dia?
Dácio Malta - Existe. No jornal O Dia e em todos os jornais. Mas eu queria deixar claro que não acredito que o Sérgio Cabral tenha ligado para a Gigi pedindo a minha demissão. Ele não é maluco de fazer isso, ele sabe que não pode fazer isso, pega mal pra ele. E se ele fez, fez achando que ela não ia me demitir. A profissão do Sérgio Cabral antes da política é de jornalista. Ele sempre foi jornalista. Eu fui demitido em abril de 2007 e vocês podem ver o dia que ele entrou para o Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, maio de 2007.

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Um drama Causado pela Gula - Matéria reescrita da revista O Cruzeiro

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Apenas uma jovem de 28 anos com sonhos, expectativas e um futuro pela frente. Seu nome é Inocência que entre vários significados pode ser definido como “estado da alma anterior ao pecado atual”, era assim que se encontrava até que começou a se sentir estranha, uma dormência repentina nas mãos e nas pernas, tremedeira e manchas roxas pelo corpo, de repente desmaiou.

Tudo que poderia ter sido sua vida virou um pesadelo e desilusão causados pela gula incontrolável que a atingiu naquele dia. Hoje, aquela garotinha de 53 quilos pesa mais de 242, é a mulher mais gorda do mundo.
Inocência não consegue sentar em qualquer lugar, cansa se ficar em pé mais de 15 minutos e dorme muito mal. Sua cintura (1,70m) e busto (1,70) são maiores que a altura (1,63), medidas tão impressionantes quanto a dieta de D. Inocência. Todos os dias ela come 3 quilos de carne, 15 de fubá de milho, 15 de arroz, manteiga, bolachas e um litro de leite por hora. Se atrasar passa mal, desmaia, uma fome que não tem fim e que levou sua família à falência.

O marido Joaquim Leôncio Ferreira trabalha pesado como sitiante no interior de Pernambuco para sustentar a comida da mulher e, mesmo ela ajudando com costuras, não dá nem para o cheiro. Para viver recebem ajuda dos vicentinos e da Prefeitura de Palmeira dos Índios (Alagoas).

Casada e mãe de quatro filhos, Inocência vive sem saber o futuro, se parar de comer passa mal e se continua também. Um drama sem fim que atingiu a todos que convivem com ela. A família não tem nada, venderam tudo para comprar comida e seus filhos não agüentam mais as privações financeiras. Uma mulher infinitamente infeliz pelo que deveria ser um prazer, a comida é o inimigo mortal e destruiu sua vida sem dó, castigando ainda mais o destino de uma pobre mulher batalhadora.

Por Bruna Spaniol
Matéria da revista O Cruzeiro reescrita para aula de Impresso.
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Amor Secreto

Posted: terça-feira, 23 de março de 2010 by Unknown in
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Partidos mais uma vez.
E como sempre éramos dois.
separados pela mente.
unidos pelo corpo.
nos deixando para depois.

Amigos tão amantes.
Sua presença e falta constante.
Era um jogo e me seduziu.
Tão, logo, vil, amor, distante,
Será real e insuportável
Sua falta e nossa história.
O que eu queria,
é o que nos separa agora.

Memórias não registradas,
um amor secreto afastado
Pelo destino que nos uniu.

Quando fui a primeira vez
Suas mensagens gravei.
Seu beijo, seu olhar, seu adeus
se perderam no tempo
que depois voltei.
Para te agarrar, desagarrei.

Esse amor latente e desconhecido.
por onde sem saber escorreguei.
no meu coração vacinado.
Na verdade, adormecido.

Amor secreto, distante.
sem cobranças, desilusões.
quero ser tua amante.
E te beijar com jeito de adeus.
Porque quando você for,
estarei esperando por você.
Meu secreto amor.

Por Bruna Spaniol
Obra Original disponivel em:
http://www.overmundo.com.br/banco/amor-secreto

Prazer Mortal

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Em um mundo decapitado
Pelo próprio ódio
Vive-se sem o prazer real.
Sem o prazer humano
Apenas artificial.
O que era vida
Virou impessoal, social
E dá medo, e traz escravidão.
Dá dinheiro, poder, ilusão.
Perdi minha voz por um momento
Porque gritei seu nome
Não foi em vão e me orgulha
Sua alma pura
De prazer humano
Pois é safada e imoral.
Assim eu vivo em gozo constante.
Porque tudo que é bom é indescritível,
Não há lei que defina,
Não há regra possível,
Para decifrar meu prazer
Instintível.
Possuo um longínquo traço animal,
Mas acabo me tornando racional.
Porque te amo, porque tenho família.
Afinal, nesse mundo decapitado
Pelo próprio ódio,
Onde se vive sem o prazer real.
Deparo-me com o imortal
O amor que sinto, além do prazer.
Que me acalma só em te ver.
Que deseja só você.
Te quero nesse mundo,
Nessa vida.
E acabo me tornando normal.
Porque é ciclo e o mundo gira,
E as coisas acontecem,
E eu te conheci.
Quando achava que era injusto irreal.
Agora sou humana.
E uma mortal.


Por
Bruna Spaniol
Obra original disponível em:
http://www.overmundo.com.br/banco/prazer-mortal

Necrose e Neurose

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NECROSE é uma doença na qual os tecidos ou outras partes do corpo se decompõem, para mim esse é o melhor estado da criação - destruir para recriar. Descaracterizar algo para que aquilo se transforme, é o que acontece o tempo todo. Começando pela energia, passando pelo teatro, natureza, livros. Tudo que precisa de criação tem que ser decomposto. Para isso inicia-se a NEUROSE - a procura do que será recriado. Quando um ator precisa criar um personagem ele tem que separar cada pedacinho do que está descrito no papel - NECROSE - e colocar sua interpretação em um novo conceito sobre o personagem para chegar a criação - NEUROSE. Esse é o conceito desse blog, apresentar minhas criações, minhas NECROSES E NEUROSES.

Este título foi tirado do livro de um dos meus autores preferidos, Edgar Morin, livro: A Cultura de Massa do Séc. XX.